A histidina (His, C6H9N3O2) é um aminoácido considerado como essencial, a sua cadeia lateral está composta por um anel imidazol carregado positivamente a níveis de pH fisiológico.
A histidina é totalmente essencial para as crianças, já para os adultos a podem sintetizar no organismo, embora não esteja totalmente claro se a quantidade que se produz é suficiente para cobrir todas as necessidades e por isso é considerada como essencial.
As suas fontes alimentares são principalmente os alimentos proteicos de origem animal como a carne, o peixe ou os lacticínios.
A L-histidina é um aminoácido que abunda na hemoglobina e nas proteínas musculares, além disso, no seu metabolismo também pode-se converter em glutamato no fígado, sendo considerado como um dos aminoácidos mais versáteis.
A L-histidina supõe o 8% da hemoglobina no organismo, chegou-se a observar que as dietas isentas de L-histidina diminuem significativamente a taxa de eritropoiese e hemoglobinemia, restabelecendo-se os níveis normais com a simples reintrodução de L-histidina na dieta.
Por outro lado, os dipéptidos de carnosina e anserina encontram-se presentes no tecido muscular; o dipéptido de carnosina está formado pela combinação L-histidina e beta alanina. A carnosina encontra-se principalmente nos músculos mas também no cérebro e no coração.
Parece que as reservas de L-histidina no organismo são grandes (presente na hemoglobina, carnosina, anserina…) e a curto prazo, poderiam cobrir as necessidades da mesma.
Biosíntese, metabolismo e degradação.
Mesmo que a histidina possa ser sintetizar de forma complexa no organismo, mediante um processo que envolve nove enzimas, como já abordamos acima, a histidina normalmente é considera como essencial, já que não está bem claro se a biosíntese cobre todas as necessidades.
A histidina é um precursor da histamina, a histamina é produzida nos mastocitos por meio de descarboxilação da histidina através da enzima L-histidina decarboxilase. A histamina é produzida em algumas reações alérgicas, mas também é uma substância necessária que está envolvida na estrutura e função do sistema nervoso e como consequência é importarte para o seu ótimo funcionamento.
A sua degradação também tem lugar no fígado e nas células da pele, nestas se produz a desaminação do aminoácido através da ação da enzima histidase, dando lugar ao ácido urocánico. Também no fígado o ácido urocánico se hidrolisa e produz várias reações, da lugar ao glutamato.
A L-histidina pode ser adicionada aos alimentos, o seu uso está permitido como aditivo alimentar e como suplemento.
Benefícios da sua contribuição
Estado nutricional.
O consumo de histidina contribui para cobrir as necessidades deste aminoácido ajudando a manter as suas funções como la síntese de proteínas, histamina o hemoglobina.
Formação de carnosina.
A L-histidina forma parte do dipéptido carnosina, formado por beta alanina e L-histidina; de forma que se há beta alanina disponível, forma-se carnosina nos músculos. O aumento dos níveis de carnosina oferece um maior controlo da acidose produzida pelo exercício, permitindo um maior esforço e redução da fatiga. O aumento dos níveis de carnosina apresentam-se como alternativa ao bicarbonato para atenuar a acidose produzida pelo exercício. Além disso, a carnosina realiza a sua ação dentro da célula muscular enquanto o bicarbonato a realiza fora.
Proteção da pele.
Durante a degradação da L-histidina nas células da pele, o ácido urocánico que resulta da sua degradação, protege a pele, já que tem a capacidade de absorver as radiações dos raios ultravioletas.
Quelação de metais.
A L-histidina também se utiliza para a regulação, utilização e desintoxicação de elementos traço (Zn, Fe, Mn, Mb) no organismo. O aminoácido histidina tem a capacidade para ligar de forma não covalente, determinados metais que tenham um ião central metálico.
Dosagem
As doses recomendadas de histidina na alimentação para um adulto giram entorno aos 10-11mg por kg de peso e dia.
Precauções
A histidina é um aminoácido seguro e não tóxico, embora as pessoas que sofrem de algum tipo de histaminose possam ter reações alérgicas ao consumir alimentos ricos em histidina.
Outra informação
Em relação à histamina e à formação de carnosina, pode interessar-te saber mais acerca do aminoácido beta alanina.
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