O selénio é um mineral traço muito importante para a saúde humana. Pode ser apresentado em forma orgânica (facilmente absorvível) ou inorgânica, também é chamado de selenato ou selenito.
O selénio é utilizado para criar “glutatião peroxidase.” Enzima conhecida pelo seu elevado poder antioxidante e que contribui para a função imune normal, proteção contra o dano celular e combate uma ampla variedade de doenças.
O selénio também estimula a produção de glóbulos brancos, contribui para o funcionamento normal da tiróides e favorece um metabolismo saudável.
A deficiência de selénio foi relacionada com um maior risco de doenças como o cancro e doenças do coração. A deficiência de selénio também foi relacionada com debilidade e fatiga, alteração da função imunológica, degeneração macular, cataratas, esterilidade ou alterações articulares.
As pessoas ativas têm um risco maior de sofrer carências de selénio, já que o exercício físico aumenta a produção de radicais livres. E a produção da enzima antioxidante glutatião pode ajudar a gastar os depósitos de selénio. Por isso, é importante cuidar a alimentação e em caso necessário, consumi-lo em forma de suplemento alimentar. Os riscos de deficiência também são maiores nos jovens, vegetarianos, idosos, fumadores e pessoas expostas a substâncias químicas tóxicas.
Uma dieta rica em selénio combinado com vitamina E pode aumentar a sua capacidade de estimular o sistema imune, contribuindo assim para proteger o corpo de doenças, infeções e inflamações. Ao selénio são atribuídas propriedades antienvelhecimento, inibindo o deterioramento físico e mental, contribuindo também para manter um ótimo metabolismo e estimulando o funcionamento saudável da tiróide. Também importa referir o papel do selénio na espermatogénese normal. Igualmente intervém na manutenção do cabelo e das unhas.
O selénio é melhor absorvido quando forma parte de uma molécula orgânica como um aminoácido, comummente a metionina ou a cisteína. Enquanto o selénio orgânico é praticamente absorvido na sua totalidade, o selénio inorgânico é normalmente absorvido só o 50%. Nos alimentos o selénio apresenta-se quase exclusivamente em forma de selenometionina presente principalmente nas plantas e selenocisteína nos alimentos de origem animal. As formas inorgânicas de selénio podem ser encontradas na beterraba, nas couves e leveduras.
O selénio está também presente no solo de cultivo em quantidades variáveis, e daí passa aos alimentos vegetais como frutas e verduras, que são consideradas boas fontes de selénio. Outras boas fontes de selénio são as carnes, os mariscos, os cereais integrais, levedura, germe de trigo e sobre tudo, as nozes do Brasil.
É importante ter em conta que o selénio perde-se durante o processamento de alguns alimentos, sendo assim, é importante consumir alimentos frescos para prevenir a sua deficiência.
Aplicações
O selénio é normalmente consumido em forma de suplemento alimentar para prevenir a sua deficiência. Além disso, costuma ser utilizado como complemento em tratamentos como o cancro, doenças cardiovasculares, depressão, artrite, dermatite atópica e outras doenças da pele como eczema ou psoríase, cataratas, asma, hiperplasia prostática e cirrose.
Um consumo adequado de selénio associa-se com uma redução da taxa de cancro, particularmente o cancro de mama, cólon, próstata, pulmão, ovário, bexiga, pâncreas, e pele. Do mesmo modo, as investigações levadas a cabo demonstraram que pode reduzir a taxa de mortalidade de pessoas que já têm a doença. Um estudo mostrou que, as pessoas que tomaram 200 microgramas de selénio durante 7 anos apresentaram uma redução do 50% na taxa de cancro e nos homens chegou-se a ver uma redução de até 65% na taxa de cancro de próstata. No entanto, necessita-se de mais investigações para poder determinar que é um mineral anticancerígeno.
Por outro lado, observou-se também que as doenças cardiovasculares manifestam-se com mais frequência se a ingestão de selénio for baixa, já que o selénio combate os radicais livres. As investigações indicam que o selénio pode ajudar a diminuir a obstrução das artérias, reduzir a inflamação no coração, aumentar o colesterol HDL (colesterol bom) e diminuir o colesterol LDL (colesterol mau), ajudando assim que o sangue flua sem problemas através dos vasos sanguíneos. Um estudo mostrou uma redução dos sintomas em quase 100% dos pacientes que se suplementaram com selénio e vitamina E.
O consumo de selénio é significativamente benéfico para qualquer pessoa com inflamação como artrite, pois combate as substâncias que causam dano aos tecidos. Após vários estudos demonstrou-se que o selénio pode reduzir a inflamação das articulações, a dor e a rigidez, especialmente a que tem lugar logo pela manhã.
O selénio contribui para a produção de glutatião peroxidase. Esta enzima produzida em quantidades adequadas no cristalino, demonstrou ter efeitos preventivos significativos na formação de cataratas. O glutatião peroxidase também ajuda a proteger contra os efeitos nocivos dos raios ultravioleta, podendo-se considerar ao selénio como um elemento importante para prevenir e inclusive tratar as queimaduras solares e outras formas de dano solar.
A suplementação com 200 microgramas extras de selénio ao dia, aumenta a capacidade dos linfócitos de eliminar as células tumorais (118%), enquanto por outro lado também aumenta a atividade dos glóbulos brancos (82,3%).
Dosagem
A dose de referência de selénio na dieta está em torno aos 55 microgramas/dia.
As mulheres grávidas ou em período de lactação têm uma (DDR) dose diária recomendada maior, mas devem consultar com o seu médico em cada um dos casos.
O selénio pode ser tomado com ou sem alimentos, no entanto, quando é consumido como parte de uma fórmula multivitamínica, recomenda-se tomar com alimentos. Não se deve consumir grandes quantidades de vitamina C de forma conjunta com o selénio com o estômago vazio ou grandes quantidades de minerais traça como o zinco, pois podem interferir na sua absorção.
Precauções
O consumo de selénio, seguindo as doses normais, considera-se seguro. No entanto, o consumo excessivo de selénio derivado dos alimentos ou suplementos alimentares pode causar sintomas como náuseas, vómitos, diarreia, fatiga, alterações do cabelo e das unhas ou alterações do metabolismo do enxofre. A dose máxima aceitável como tolerável é de 400 µg/dia. E foram observados efeitos adversos a partir de 910 µg/dia.
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